sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"TROPA DE ELITE 2"

Há alguns dias, tive a oportunidade de sair com meu irmão. Resolvemos assistir, o filme, "Tropa de elite 2".
Refletindo sobre tal, notei que para além da violência, do tráfico e da corrupção, a obra mostra uma crise generalizada da polícia, meios de comunicação e política. Isso fica bem claro, quando o então capitão "Nascimento" (Wagner Moura), depois de assumir um deslize do soldado "Mathias" é afastado de sua função do Bope, para depois ser promovido a subsecretário de segurança do Rio de Janeiro.
Neste contexto, percebe que a atuação do Bope na verdade serve à manutenção de um sistema perverso e não à justiça social.
Algo interessante salientar no filme é o tom depressivo de seu principal protagonista. Durante toda trama apresenta um semblante decadente, produzido pela percepção de alguém que já não acredita tanto na eficácia de sua ação, como talvez duvide da causa pela qual lute. Se antes os principais inimigos eram os traficantes, agora percebe que esses são seus companheiros de trabalho.
Por fim, o filme é um retrato da crise interna, ou seja, promovida por seus próprios membros, que antes deveriam ser os primeiros a zelar por sua imagem, sobre a qual as instituições, em geral agonizam em nossos dias. A pergunta é: todas sobreviverão?

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