sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Tipos de contatos extraterrestres


A ufologia, muitas vezes, é abordada de forma cômica pela grande mídia. O paradigma antropocêntrico, a falta de preparo dos que falam, além da ausência de conhecimento mínimo em astronomia é parte causadora dessa impressão. Contudo, bastaria observamos o céu noturno para reconhecermos que em volta de muitas estrelas (só na Via-Láctea existem bilhões) encontram-se tantos outros planetas.

Um dos pontos básicos para o iniciante nesse campo de investigação é conhecer os tipos de contatos possíveis:

1º grau: visualização de luzes;

2º grau: marcas no solo da nave;

3º grau: o extraterrestre desce da nave e faz contato com o indivíduo;

4° grau: o extraterrestre abduz o indivíduo.

Assim, ao investigar algum caso, deve-se antes classificá-lo num desses grupos para melhor organização do estudo.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Dexter, o novo coringa? - Dexter, the new joker?

Além da instigante construção dos capítulos, que compõe a série, e do brilhantismo da atuação do protagonista Michel C. Hall haveria algo mais interessante a serem discutidas nesta obra? 
Sim, muitas outras. Mas, sem dúvida, uma das melhores seria como o conceito de justiça é apresentado.
Dexter aparece como um justiceiro à moda antiga, que ao invés de recorrer aos procedimentos do Estado decide fazer suposta ‘justiça’ com as próprias mãos. O intrigante é que o telespectador, dado ao carisma da personagem, é seduzido suavemente a validar suas ações. No caso do Brasil, vale nos questionar: “Por que isto ocorre, por que somos tentados a entender a ação do serial killer como aceitável?”.
Tendo em vista os últimos protestos ocorridos no Brasil (2013-2014), observamos a crise do tecido social, saúde, trabalho, transporte, educação, política e justiça. Isso tudo, somado à influência das diversas mídias sensacionalistas na formação da opinião pública tende a fazer com que grande parte da população veja o poder judiciário como algo ineficiente ou, em muitos casos, duvidoso. Decorrência natural disso é o risco de abrirmos mãos do ‘humanismo já conquistado’ e retrocedermos ao ‘animalismo combatido’, aonde cada indivíduo pratica aquilo que lhe parecesse justo.
A partir da psicologia, poderíamos lançar à hipótese de que o sucesso e a identificação de muitos telespectadores com Dexter ocorre pela simples razão de que ele faz o que muitos gostariam de fazer, mas não têm coragem. Dexter, realmente, modifica o conceito de “herói imaculado” para “maculado”, de “vilão desprezível” para “vilão aceitável”. Não é a toa que é um dos mais cotados, pelo público, para representar o coringa após a considerada insuperável atuação de Heath Legder.

A série envolvente, portanto, pode nos revelar algo muito crítico sobre as expectativas de uma camada considerável da sociedade. Deixando as seguintes perguntas, ao tratar o conceito de justiça: “Será que nosso futuro será um retorno ao passado?”, “Será que o conceito de justiça se transformará?”.

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Besides the construction of the exciting chapters which make up the series, and the brilliance of the performance of the protagonist Michel C. Hall would be something more interesting to be discussed in this work ?
Yes , many others. But undoubtedly one of the best would be like the concept of justice is presented .
Dexter appears as a vigilante old fashioned , that rather than resort to the procedures of the State decides to supposed 'justice' into their own hands . The intriguing the viewer is given to the charisma of the character, is induced slightly to validate their actions . In the case of Brazil , it is worth asking ourselves : " Why this occurs , why we are tempted to understand the action of the serial killer as acceptable ? " .
Given the recent protests in Brazil (2013-2014) , noted the crisis of the social fabric , health, labor , transportation, education , politics and justice. That, coupled with the influence of several sensationalist media in shaping public opinion tends to make much of the population see the judiciary as something inefficient or , in many cases doubtful. Natural result is that the risk of opening hands of ' humanism already won ' and we go back to ' fought animalism ' , where each individual practices what seemed fair to him .
From psychology , we hypothesize that the success and the identification of many viewers with Dexter is for the simple reason that he does what many would like to do but do not have courage. Dexter really modifies the concept of " immaculate hero " for " tainted " by "despicable villain " to " acceptable bad guy ." No wonder it is one of the most quoted , the public , to represent the joker after considered unsurpassed performance of Heath Legder .
The engaging series, therefore , can reveal something very critical about the expectations of a considerable section of society . Leaving these questions by treating the concept of justice , "Is that our future will be a return to the past " , " Does the concept of justice will become ? " .

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"The PROMISED LAND" A TERRA PROMETIDA

O filme "A terra prometida" (Promissed Land), estrelado por Matt Damon, apresenta o tema das jazidas de
gás natural, como uma grande esperança de salvação financeira para uma pequena cidade norte americana.
Os funcionários da empresa "Global", responsáveis pela negociação e compra das propriedades locais, para eventual perfuração e extração do gás, começam a enfrentar resistência de um suposto ambientalista de uma ONG chamada "Atena".
Com uma fala sentimentalista, o defensor da 'Causa Verde' passa a persuadir a população dos riscos de tal extração. A trama se desenvolve sobre este conflito entre os interesses locais e das multinacionais.
Umas das teses principais levantadas, resume-se num conhecido provérbio: "De boas intenções o inferno está cheio".  
Na crise atual, aonde as ONGS "Verdes", partidos "Ecológicos" se multiplicam acentuadamente, o filme nos leva a refletir sobre como o "mercado" se apodera destas tendências, para manter seu controle 'subliminar' e domínio sobre as massas, com a ideia de que "ao invés de mudar a música é melhor usá-la ao nosso favor".
Com um final imprevisível, para além de todo clichê hollywoodiano, a obra revela como o poder pode comprar 'pessoas chaves' para defender causas opostas. Deixando algumas velhas questões no ar: "Toda pessoa tem um preço?", "A terra prometida será apenas um sonho ou apenas uma possibilidade?

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The film " The Promised Land " ( Land promissed ) , starring Matt Damon , introduced the subject of natural gas fields , as a great hope of financial salvation for a small North American city .The employees of the company " Global " , responsible for negotiating and buying local properties , for eventual drilling and extraction of gas begin to face resistance from a supposed environmentalist NGO called " Athena " .With a sentimental speech, the defender of the ' Green Cause ' shall persuade the public of the risks of such extraction. The plot unfolds on this conflict between local interests and multinationals .One of the main arguments raised , sums up a known proverb : " From good intentions is filled hell ."In the current crisis , where the NGO " Green " parties "Greening " multiply sharply , the film leads us to reflect on how the "market " seizes these trends to keep your ' subliminal ' control and domination over the masses with the idea that " instead of changing the music is best to use it to our advantage ."With an unpredictable end , beyond every Hollywood cliché , the book reveals how power can buy ' key people ' to defend opposing causes. Leaving some old questions in the air : " Everyone has a price ? " , " The Promised Land is just a dream or just a possibility? 


segunda-feira, 21 de maio de 2012

"O tempo não para"


Após assistir o filme “Cazuza: o tempo não para”, pela segunda vez, observei três coisas

interessantes na sua personagem principal: drogas, sexualidade e música ao extremo.

Drogas para fugir da rotina, sexualidade para transbordar os sentidos e a música como uma forma de crítica e autocrítica. Uma existência que pouco considerou a receita: “vida feliz é vida equilibrada”.
Apesar desta afirmação radical da existência, as consequências vieram e o diagnóstico do HIV foi arrebatador. “O tempo não para”, e assim o fez, implacável não deu chance ao poeta carioca.
Geralmente, esta obra é utilizada, entre os jovens, como um elemento causador de medo, afinal de contas, quando o cultivo da autonomia falha  este é o primeiro método que muitos recorrem para controlar. Ou é usada, na melhor das intenções, apenas como uma reflexão sobre a necessidade da prudência, como uma forma de viver mais tempo, como se isso simplismente fosse garantia de felicidade. Nesse sentido, o clichê moralizante é esperado, não há novidades, só mais do mesmo.
No entanto, procurei outro olhar sobre a obra, descobri uma sutileza: mesmo afirmando a existência e sofrendo suas consequências, em nenhum momento a personagem se faz de vítima, ou seja, responsabiliza seus colegas, família, parceiros, sociedade ou moral. Coisa que é muito comum se fazer, por estes quatro cantos do Brasil hoje. Afinal de contas, ser vítima está na moda, em nossa democracia. Enquanto a honra e a honestidade são coisas para os inocentes, tolos. Quem teria honestidade intelectual o bastante de reconhecer que apostou suas fichas em uma causa perdida?

Afirmar a vida de modo radical deve ser seguido com responsabilidade. No entanto, o que vemos hoje é muitos querem dar uma de “Cazuza” e depois deixarem a conta para outros pagarem, como se dissessem: “o prazer é meu, mas o trabalho é seu”, “a diversão é minha, porém, a limpeza é sua”. Deste modo é fácil ser ousado, rebelde ou inovador. Afinal, por que me preocupar, se minha dívida será debitada na conta dos outros? 
Não existe humanidade perfeita, pois seu próprio conceito sintetiza o de pior e o de melhor que em nós habita. Cazuza não se coloca como um exemplo, nem era esta sua intenção. Mas, realmente, nos deixa uma provocação, de como dentre as várias possibilidades de afirmar a existência, assumir os prazeres e consequências da vida, sem lamúrias, sem culpados ou inocentes, simplismente sua pura e torturosa afirmação. Será que somos corajosos o bastante ao menos para reconhecer isto?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

"PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM"

Pelo menos uma vez ao mês, tiro um final de semana para passar junto com meu irmão. Isso serve para por a conversa em dia, coisa que a pressa cotidiana não permite fazer. Tempos onde “a produção é a medida de todas as coisas”, dogma máximo da maioria das instituições, onde as relações humanas já não parecem tão humanas assim, onde se corre em velocidade máxima para todos os lados, mas sem saber para que e para quem.
Assim, resolvemos ir assistir o filme “Planeta dos Macacos: a origem”. Há momentos em que a ficção científica parece ser uma fonte de risos e tristezas, por nos lançar às novas utopias.
O filme, em poucas palavras, conta a história de um cientista, Will Rodman, que trabalha em pesquisas de desenvolvimento de medicamentos para aumentar a produtividade cerebral, na qual se utiliza de macacos como cobaia. Entretanto, algo dá errado e o projeto é interrompido.
Will leva um símio, César, para casa, pois caso contrário este seria sacrificado. Acaba testando seus medicamentos tanto neste como em seu próprio pai, que sofria de mal de Alzheimer. Em ambos os casos há um resultado imediato positivo.
César, por se envolver em uma briga para defender o pai de seu precursor, é colocado em um ‘centro de reclusão para macacos’, no qual passa a organizar outros seres de sua espécie, até liderar uma revolta contra a raça humana.
Após o filme, ainda em meio aos barulhos dos corredores do Shopping, comentei junto ao meu irmão que o a obra parece fazer uma pergunta implícita a todo tempo: “afinal de contas, de que lado você está, dos homens ou dos macacos?”.
A humanidade é a nossa herança, contudo, o modo como estamos conduzindo a natureza parece bastante cruel. Mesmo pertencendo a esta condição, parece que a resposta a tal questionamento esteja em afirmar a causa dos macacos como mais nobre e digna de respeito do que a nossa (afinal qual é a nossa?). O que nos coloca em uma encruzilhada: assumimos a necessidade de modificar radicalmente nossa relação com outras formas de vidas, de modo consciente, ou a efemeridade de nossa existência. 

sábado, 9 de abril de 2011

Ensino Religioso nas escolas – algumas razões e justificativas para se refletir.

A vida é mesmo contraditória...
Como se tem tornado uma rotina, estava lecionando a disciplina Ensino Religioso, em uma escola da rede Municipal de Ensino de Tremembé, no dia 07/04/2011. 
Desenvolvia um trabalho que partia da seguinte pergunta: “o que é o sagrado?”. Contudo, mal sabia que em outra escola algo tão triste, absurdo e terrivelmente profano acontecia. Coisa que não preciso me estender por aqui.
Algo que me chamou atenção foi o conteúdo da “carta de despedida” do atirador, em constavam alguns conceitos específicos das religiões, como pureza, salvação, Deus, pecado e Jesus, aparentemente, como uma justificativa para tal ato, porém, é claro, entendidos de uma forma tão distorcida e deturpada que causa repudio, a qualquer um que não tenha perdido a lucidez e o bom senso. Legitimar tal barbárie a partir de tais termos, não seria usá-los em vão? Não seria usar a palavra bem, quando na verdade se faz o mal, ou a pureza, quando na realidade se fabrica o profano? Penso que sim!
Mas outra pergunta se coloca de modo radical: como a disciplina Ensino Religioso poderia contribuir na prevenção de atos como este? 
Penso que, uma maneira possível, seria despertar no aluno a disposição para o respeito à diversidade cultural e religiosa, além de combater, assiduamente, qualquer forma de fanatismo, que cega, proselitismo doutrinal, que discrimina, ou profanação de valores tão sagrados, como no caso citado, que coloque na mira a vida de inocentes.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Salvar a humanidade ou condenar um inocente? Um devaneio sobre o filme "72 horas".

“Se para salvar a humanidade fosse preciso condenar um inocente, deveríamos fazê-lo? Não, a cartada não valeria o jogo, ou antes não seria uma cartada, mas ignomínia. (Dostoiévski) Porque se a justiça desaparece é coisa sem valor vivermos sobre a Terra” (Kant)".

O que resta, quando supostas provas não estão a serviço da verdade? E se a justiça falhar? E se a sentença pretender arrancar aquilo que mais amamos? O que fazer?

Ultimamente, percebo que muitas produções cinematográficas passaram a acentuar o erro policial em suas tramas, bem como o processo jurídico e sua vulnerabilidade ante as intenções daqueles que acusam o réu. Apenas para citar alguns, “Os justiceiros de Deus”, com John Leguizamo, e “Tropa de elite II”, com Wagner Moura, salvo suas ênfases específicas, destacam que algumas aparentes verdades aceitas socialmente, são meros erros ou mentiras. Todo conhecimento é parcial. Como diria Immanuel Kant, “Das coisas apenas podemos conhecer os fenômenos, jamais a essência”.
O filme “72 horas”, segue esta linha também. Desenvolve como um de seus pontos fundamentais o drama do professor John (Russell Crowe), com um filho, que vê sua esposa Lara (Elizabeth Banks) ser condenada à prisão perpétua por assassinato.
Por alguma razão, John, apresenta a certeza inabalável de ela não teria cometido tal crime, mesmo quando já desacreditado por um advogado, ouve da própria mulher uma suposta confissão de que teria cometido tal ato. Mesmo assim não desiste. Desacreditado das instancias jurídicas, planeja então a fuga de sua família de seu país. Única saída possível para uni-los novamente.
Por fim, a obra parece defender a tese de que, quando supostas provas são usadas apenas para tranqüilizar a mente entorpecida de alguns, ou quando a justiça não for justa e resolver retirar aquilo que mais precioso que temos, então resta-nos algo, bem longe do que Sócrates faria, mas nem tão menos louvável: a fuga como única forma de fazer justiça.